terça-feira, 22 de abril de 2014

Política com ‘P’ maiúsculo

A política atual tem se mostrado permeada e, muitas vezes (não todas), alicerçada em práticas absolutamente calcadas na busca pela conquista e manutenção do poder, por meio da partidarização de toda e qualquer estratégia ou ação dos governos – sejam eles municipais, estaduais ou federal.
É triste, mas é verdade!!!
O que não é verdade é que, em meio a esse cenário quase catastrófico, não seja possível encontrar nenhuma iniciativa ou prática que apareça, ao mesmo tempo, como alento e esperança a essa desgraça quase institucionalizada.
Nesse momento, é necessário que o olhar esteja afastado de preferências políticas. Políticas, não partidárias. Esse é o caso da Escola do Meio Ambiente de Botucatu, que neste mês comemora 9 anos de atividades.
A entidade é um equipamento da Secretaria Municipal de Educação, da Prefeitura Municipal de Botucatu. Conforme informações da Secretaria Municipal de Comunicação, a escola já atendeu cerca de 130 mil estudantes da Rede Municipal de Ensino de Botucatu e de cidades da região.
Segundo a direção da entidade, por meio de nota da Secretaria de Comunicação, “a Escola do Meio Ambiente tem buscado, através da utilização de uma metodologia específica, sensibilizar para a percepção da natureza que a constitui, com suas particularidades, biodiversidade, simplicidade e tudo o que ela pode ensinar”.
É importante lembrar que a questão do Meio Ambiente tem se mostrado de extrema necessidade no contexto predatório em que a humanidade tem tratado seu próprio planeta. Não é preciso ser especialista para observar as alterações nos modos de vida da sociedade decorrentes da degradação histórica da natureza (a falta de água em algumas regiões que nunca sofreram com esse mal é um exemplo).
Para enfrentar essa situação, imagino, foi idealizada e inaugurada a Escola do Meio Ambiente, com objetivo de trabalhar conceitos de sustentabilidade no âmbito da Educação Básica – o mais apropriado para esse fim.
Ocorre que é importante observar que a Escola do Meio Ambiente foi inaugurada na Gestão do Partido dos Trabalhadores, oposição sistemática à Gestão do Partido da Social Democracia Brasileira (e vice-versa).
Comum no cenário político atual seria a interrupção ou precarização desse equipamento.  O comum, não o correto. Muitos são os exemplos dessa prática, que idiotamente visa extirpar as características e conquistas das gestões anteriores – quando estas são de partidos ideologicamente ou pragmaticamente opostos.
Essa prática, caro leitor/internauta, é a que caracteriza a política com ‘P’ minúsculo. Ou seja, a política tacanha, mesquinha, fisiológica, que coloca o partido político à frente das necessidades da sociedade.
Ocorre que essa situação não pode ser observada no caso da Escola do Meio Ambiente. Apesar de ser inaugurada na gestão Municipal do PT, a entidade permaneceu em atividade e ampliou seus trabalhos com qualidade quando da sucessão governamental legítima.
E isso, caríssimo leitor/internauta, pode-se chamar de política com ‘P’ maiúsculo. Isso mesmo!!! Essa atitude aponta para a maturidade política do atual grupo no poder Municipal, pelo menos nesse aspecto – já que não posso falar por todos os setores por falta de conhecimento.
Trata-se, na verdade, de colocar a necessidade de conscientização para a preservação ambiental como Política de Estado (permanente, indissolúvel) e não como Política de Governo (que se altera frente às sucessões partidárias no poder).
Diante disso, é possível evidenciar que, até na política, apesar de suas facetas partidárias e fisiológicas, nem tudo está perdido... Ainda há uma esperança!!!!

Na mesma lógica, é possível acreditar que a perspectiva da sociedade perante o Meio Ambiente pode ser alterada, com a ajuda, é claro, da atuação da Escola do Meio Ambiente (de forma permanente)...