A política atual tem se mostrado
permeada e, muitas vezes (não todas), alicerçada em práticas absolutamente
calcadas na busca pela conquista e manutenção do poder, por meio da
partidarização de toda e qualquer estratégia ou ação dos governos – sejam eles
municipais, estaduais ou federal.
É triste, mas é verdade!!!
O que não é verdade é que, em meio
a esse cenário quase catastrófico, não seja possível encontrar nenhuma
iniciativa ou prática que apareça, ao mesmo tempo, como alento e esperança a
essa desgraça quase institucionalizada.
Nesse momento, é necessário que o
olhar esteja afastado de preferências políticas. Políticas, não partidárias.
Esse é o caso da Escola do Meio Ambiente de Botucatu, que neste mês comemora 9
anos de atividades.
A entidade é um equipamento da
Secretaria Municipal de Educação, da Prefeitura Municipal de Botucatu. Conforme
informações da Secretaria Municipal de Comunicação, a escola já atendeu cerca
de 130 mil estudantes da Rede Municipal de Ensino de Botucatu e de cidades da
região.
Segundo a direção da entidade, por
meio de nota da Secretaria de Comunicação, “a Escola do Meio Ambiente tem
buscado, através da utilização de uma metodologia específica, sensibilizar para
a percepção da natureza que a constitui, com suas particularidades,
biodiversidade, simplicidade e tudo o que ela pode ensinar”.
É importante lembrar que a questão
do Meio Ambiente tem se mostrado de extrema necessidade no contexto predatório
em que a humanidade tem tratado seu próprio planeta. Não é preciso ser
especialista para observar as alterações nos modos de vida da sociedade decorrentes
da degradação histórica da natureza (a falta de água em algumas regiões que
nunca sofreram com esse mal é um exemplo).
Para enfrentar essa situação,
imagino, foi idealizada e inaugurada a Escola do Meio Ambiente, com objetivo de
trabalhar conceitos de sustentabilidade no âmbito da Educação Básica – o mais
apropriado para esse fim.
Ocorre que é importante observar
que a Escola do Meio Ambiente foi inaugurada na Gestão do Partido dos Trabalhadores,
oposição sistemática à Gestão do Partido da Social Democracia Brasileira (e
vice-versa).
Comum no cenário político atual
seria a interrupção ou precarização desse equipamento. O comum, não o correto. Muitos são os exemplos
dessa prática, que idiotamente visa extirpar as características e conquistas
das gestões anteriores – quando estas são de partidos ideologicamente ou
pragmaticamente opostos.
Essa prática, caro
leitor/internauta, é a que caracteriza a política
com ‘P’ minúsculo. Ou seja, a política tacanha, mesquinha, fisiológica, que
coloca o partido político à frente das necessidades da sociedade.
Ocorre que essa situação não pode
ser observada no caso da Escola do Meio Ambiente. Apesar de ser inaugurada na
gestão Municipal do PT, a entidade permaneceu em atividade e ampliou seus
trabalhos com qualidade quando da sucessão governamental legítima.
E isso, caríssimo
leitor/internauta, pode-se chamar de política
com ‘P’ maiúsculo. Isso mesmo!!! Essa atitude aponta para a maturidade
política do atual grupo no poder Municipal, pelo menos nesse aspecto – já que
não posso falar por todos os setores por falta de conhecimento.
Trata-se, na verdade, de colocar a
necessidade de conscientização para a preservação ambiental como Política de
Estado (permanente, indissolúvel) e não como Política de Governo (que se altera
frente às sucessões partidárias no poder).
Diante disso, é possível evidenciar
que, até na política, apesar de suas facetas partidárias e fisiológicas, nem
tudo está perdido... Ainda há uma esperança!!!!
Na mesma lógica, é possível
acreditar que a perspectiva da sociedade perante o Meio Ambiente pode ser
alterada, com a ajuda, é claro, da atuação da Escola do Meio Ambiente (de forma permanente)...